Friday, April 11, 2008

Mamíferos Patellato VI - intolerância à lactose

Porque alguém deveria se preocupar com as aves com alergia ao açúcar do leite.

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Mamíferos Patellato V - traindo o movimento punk, véio!

Esaboado Mestre Yoda está.

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Mamíferos Patellato IV - curriculum vitae


Fugindo da Embraer, migrou para a EADS Systems. Sonha voltar ao Brasil e pousar na 23 de maio.

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Mamíferos Patellato III - gambiarra


MacGyver mora no Brasil e não paga TV a cabo.

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Mamíferos Patellato II - a missão


Sempre gostei de cachorros. Sempre.

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Mamíferos Patellato I - por um bem maior

Não é que aqueles idosos alimentando pombos nos parques tinham um propósito maior e melhor do que sujar meu carro? Admirável.

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Mamíferos Patellato

Este blog nunca viu tantas postagens num só tempo. Não que isso seja sinônimo de criatividade, ao invés: é um "combo" de ócio e preguiça. Assim, do vácuo ocioso intracraniano que cultivo, eis a série de fotos "Mamíferos Patellato", em que para estar no blog não precisa ser mamífero, não precisa ser animal e, tão pouco, precisa estar na foto.

Friday, April 04, 2008

Life is short, play naked

E quem disse que não se aprende nada na escola?

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Wednesday, April 02, 2008

Coelhinho da Playboy



Feliz Ovo de Páscoa Novo!

(A primeira postagem do ano chega em abril, não tem nada escrito e vem fora da data. Lendo isso até eu me imagino muito ocupada. Algo me diz que deveria escrever mais por aqui.)

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Wednesday, June 20, 2007

Psycho Submarine

Resultados para a busca "ratos e homens", no Submarino.com:

"Quem mexeu no meu queijo?", "Caçando carneiros", "O macaco faz das suas".

Eu eu nem procurei nada que envolvesse "drogas" ou "pintinhos"...

Monday, June 18, 2007

Esmiuçando o "Código da vida"

Graças a meu bom amigo Rodrigo Figueiredo gastei R$40,41 e comprei o tal "Código da vida". É um dinheiro que não tenho, gasto num livro que não me interessa, desperdiçando um tempo que não tenho sobrando. Ótimo. Vale o empenho simplesmente para zombar de alguém com fundamento em suas próprias afirmações. Vamos à leitura.

Logo de cara, na primeira página: "Para Saulo, que honrará nossa Brodowski, lembrança afetuosa do Portinari".
Por deus! O cara escreve um livro e, logo de cara, dá um jeito de homenagear a si mesmo! E o pior: tenta arrebanhar a simpatia do leitor se vinculando a um artista conhecido e reconhecido por seu talento. Portinari, por favor, mande seus flagelados baterem a carteira de Saulo durante a noite e me devolverem meus R$40,41.

Engulo em seco e viro a página. Noto que a tendência é piorar: Jô Soares é co-autor da coisa. Agora sim, recuso-me a chamar essa coisa de livro.

Primeiro capítulo.

"O sigilo profissional impõe aos advogados o dever do silêncio eterno (...) Resolvi contornar essa regra ética, sem quebrá-la. Neste livro, narro um desses casos, trocando os nomes das pessoas."
Não é genial? Não sei se isso se encaixa no quesito "maestria com que utiliza os recursos literários" ou se no quesito "desobedecendo todas as obviedades da estrutura tradicional das biografias", mas, sem dúvidas mostra que Saulo não está empenhado em contornar qualquer mediocridade.

"Advogados trabalhando como detetives. Batalhas de inteligência, raciocínio, jogos de deduções. Enigmas que atormentam os profissionais do Direito, mas eles sabem como resolvê-los."
Até eu sei como resolver: foi o Coronel Mostarda, na sala de estar, com o candelabro!

"Espero que tais fatos esclareçam algumas interrogações daqueles que os viram acontecer e sejam úteis para as novas gerações, que ainda dependem dos historiadores, nem sempre muito fiéis, segundo tenho visto em isoladas manifestações de jornais."
"Advogados! Esses sim são fiéis." Eis um slogam para a próxima campanha eleitoral. Já imagino a OAB distribuindo santinhos nas portas das igrejas e cadeias.

"Agora elucido: não pedi a nenhum dos meus amigos para redigir prefácio a este livro. Por quê?"
Duvidas, dúvidas, muitas dúvidas... Advogados têm amigos? Mais um slogan para adesivo: "advogados são amigos, não comida".

"Minha secretária, nervosa, dissera pelo telefone que havia chegado um homem desejando consultar-me. Agitado, inquieto, visivelmente perturbado, de boa aparência, bem trajado, espalhou pânico no escritório. Ameaçou suicidar-se, caso eu não o atendesse. Não deu outra explicação. Sentou-se na sala de espera e lá permaneceu, aguardando que eu chegasse para atendê-lo. (...) Não aceitou café nem quis ler jornal. Minha secretária estava apavorada."
Eu também me apavoraria se estivesse diante de um suicida que não quer um café. Na próxima vez em que quiser tentar o suicídio, vou anotar aqui que devo pedir um cappuccino para a secretária e lhe cobrar o jornal do dia.

"Na estrada, o guarda rodoviário fez sinal para eu parar.(...) Estendi-lhe os documentos do carro.
— Não precisa — disse ele, olhando para o banco de trás, como se estivesse procurando alguém escondido.
— Não precisa? O senhor me pára e não vai verificar meus
documentos?
"
Curioso. Todo mundo que eu conheço agradeceria a "gentileza" de ter sido parado e seguiria em frente, mantendo no máximo metade da velocidade permitida. Aliás, eu não queria dizer nada, mas essa ânsia por mostrar os "documentos" não é algo muito comum entre homens heterossexuais.

E segue-se um longo diálogo com o tal guarda... Saulo tem uma Mercedes, é um advogado ocupado e nega ter celular. O policial diz tê-lo visto ao celular enquanto dirigia. É das poucas vezes que acho que um policial tem razão.

"Arranquei, sentindo-me um pouco esperto demais e feliz com o meu celular, que não tocou durante a conversa com o guarda. Aparelho moderno. É instalado em um compartimento inacessível do carro, mas controlado por botões no volante."
Algum advogado, por favor, me responda: quanto tempo um crime desses leva para prescrever?

"O meu telefone móvel, de alta tecnologia, ainda tinha esta vantagem: era invisível."
Meu amigo de infância também era invisível e, nem por isso, vejo motivo para me gabar dessa palhaçada.

No primeiro capítulo aprendemos que: há um suicida num escritório de advocacia que, por algum motivo sobrenatural, se recusa a ler o jornal. Há um advogado malandro (nada de sobrenatural aqui) na estrada com um telefone invísivel. Do telefone, Saulo arranja um gancho para escrever sobre a internet e sobre um japonês que deseja barrar o avanço da China. A China tem um PIB espantoso. A China tem áreas muito miseráveis. A China é um país de ideologia comunista com economia capitalista. A China produz celulares. Saulo Ramos tem um telefone celular e está burlando a lei! Tudo perfeitamente ligado, ou, pra voltar à internet de Saulo, conectado.

Agora, que surpresa! Em vez de continuar contando a história do suicida, no segundo capítulo, saberemos tudo sobre a chegada do primeiro telefone em Cravinhos! O número da casa de Saulo era 45. Guardem esse número. Corto minhas unhas do pé se ele não for candidato pelo PSDB nas próximas eleições! Também ficamos sabendo que, em Cravinhos, havia uma barbearia cujo barbeiro, Salomão, escalpelava seus clientes enquanto recitava poemas. “Navio Negreiro”, de Castro Alves é a recordação que tem Saulo. Já, seu agradecimento, deveria ser reconhecer que Salomão não conheceu Plínio Marcos e nada recitou em voz alta de “Navalha na carne”.

Em breve, mais um capítulo da coisa devidamente esquartejado.

Sunday, June 17, 2007

Este Senhor inigualável era meu Pastor




Há quinze anos, chegou de mansinho, assustado, sem saber direito onde era seu espaço. Aos poucos, foi tomando conta de tudo e atravessando a ponte invisível que liga dois indivíduos. Sem pedir licença, tendo certeza de que do outro lado haveria um sofá para babar, água fresca e comida, foi chegando como quem não quer nada e se instalou permanentemente. Trouxe consigo bolinhas de tênis estouradas, um pedaço de edredom velho e um afeto incondicional, nunca antes imaginado.

Filho de um antigo amigo, cresceu sendo comparado com ele e, com seu jeito encantadoramente desastrado, superou qualquer expectativa. Desobediente, indomável, bravo, desconfiado, anti-social e voluntarioso. Rosnava quando alguém se aproximava para limpar suas orelhas. Abanava o rabo satisfeito quando estava com as orelhas limpas. Comia desesperadamente quando havia gente conhecida por perto. Quando não havia ração, tomava água com a avidez de um retirante. Durante dez anos, sofreu de gastrite. Melhorou quando decidiu parar de comer no McDonald’s sem nem ter visto a tabela nutricional ou um documentário sobre isso. Era genial.

Latia para o vento. Latia para o escuro. Latia. Uivava. Cheirava. Fungava. Irritava constantemente os vizinhos. Destruía todas as bolas de futebol que caiam em seus domínios. Preferia futebol com tijolos. Treinava sozinho toda a madrugada sob minha janela. Era um artista da cerâmica: todas manhã dava um toque abstrato ao piso do quintal. Na falta de tijolos, caroços de manga.

No inverno, soltava pêlos. No verão, soltava mais pêlos. Tinha uma orelha deformada. Tinha o focinho amassado. Era simplesmente perfeito. Quando jogava um graveto para que fosse buscar, voltava com um enorme tronco na boca e misto de desafio e contentamento no olhar. Odiava apenas gatos que mereciam ser odiados. Odiava todos os pombos. Era justo. Na rua, só latia para cachorros pequenos. Não tinha nada de irracional. Passeava sozinho. Adotou um cachorro de rua. Adorava filhotes.

Passei noites em claro preocupada com sua saúde. Passei noites em claro detestando sua vitalidade sob minha janela. Envelheceu. Sofreu. Seguiu impotente e resoluto o caminho da degeneração. Sempre incompreensivelmente feliz. Deixou pra trás um vínculo marcante, indelével, permanente e o lamento de uma escolha em que para salvar sua vida tive de desistir dela. Sem dúvida nenhuma, você vai fazer falta, garoto.

Desvendando o Código da Vida



Outro dia, conversando com meu bom amigo Figueiredo, fui apresentada ao mais novo livro do ex-ministro da justiça, advogado da família Sarney (se o currículo fosse meu, certamente omitiria isso) e ex-secretário de segurança pública de São Paulo, Saulo Ramos.

Eis a sinopse do livro, fornecida pela editora: “Em Código da Vida, a pretexto de contar, com todos os detalhes, um caso curiosíssimo que viveu como advogado, Saulo Ramos entremeia essa história de suspense absolutamente verídica com sua história de vida, desde a infância nas cidades paulistas de Brodowski e Cravinhos, até os dias de hoje. Desobedecendo todas as obviedades da estrutura tradicional das biografias, Saulo Ramos constrói uma obra de qualidade espantosa, seja pela riqueza vocabular de sua linguagem, seja pela maestria com que utiliza os recursos literários de uma narrativa. Mas, como se isso não bastasse, a vida de Saulo Ramos tem ingredientes dignos das mais importantes biografias já publicadas no Brasil. Como o menino do interior chegou a Consultor Geral da República?”.

Supondo que eu pudesse pagar R$200.000,00 por um parecer de Saulo, considerado um dos maiores juristas do país (o que quer que isso signifique), “Código da Vida” não seria considerado plágio descarado de “Código Da Vinci”? Mas, ignorando essa bobagem de direitos autorais e voltando à sinopse do livro, analisemos um pouco o texto. O que significa “desobedecendo todas as obviedades da estrutura tradicional”? Para mim, parece que ele não escreve de forma estruturada e compreensível para os leigos em direito e ainda justifica isso como inovação na língua portuguesa. Mais um para o time do Saramago! E “riqueza vocabular”? Parece que o autor da sinopse é mais um jornalista pseudo-alfabetizado de Veja e considera jargão profissional algo que enriquece a língua. Neste momento, Nietzsche pega seu martelo e se prepara para emergir das profundezas do Inferno. “Maestria com que utiliza os recursos literários de uma narrativa”...? Oras! Sempre que leio coisas desse tipo e vou conferir, noto que o cara simplesmente faz digressões, se perde nelas e retoma o texto do nada, dando a idéia de que é proposital. E ainda chama de hipérbato e faz sucesso!

Agora, de fato, concordo com a última dúvida: “como o menino do interior chegou a Consultor Geral da República?” e ainda acrescento: como um menino pobre do interior do Brasil chegou a Consultor Geral da República? Desobedecendo (e ajudando a quem desobedece) todas as obviedades da estrutura tradicional?

Com ilustração de Figueiredista.

Saturday, April 28, 2007

Contra o preconceito de classe

Hoje soube de algo revoltante para qualquer proprietário de Ferrari disposto a comprar contrabando a preços exorbitantes: seus carros não conseguem passar pela lombada do estacionamento da Daslu devido ao piso mais baixo do veículo. Por isso, donos de Ferraris de todo o Brasil, uni-vos contra o preconceito. Chega de privilégio! Enquanto não puder estacionar na Daslu, continuo sem Ferrari.